domingo, 28 de fevereiro de 2010
Blogs Gringos Legais
Esses são alguns blogs de bailarinas tribais gringas que visito de vez em quando. O da Carolena Nericcio, segundo ela, é o lugar onde toma notas para escrever seu primeiro livro que terá as respostas para todas as perguntas sobre o FatChance BellyDance e sobre como ela teve a idéia para criar o ATS. Será muuuito bem-vindo sem dúvida! O da Rachel Brice tem pouca coisa referente à dança mas...hum...é da Rachel Brice! E o da Asharah é o que tem mais informação de dança, e muitos textos legais. Ela escreve bem, não tem muitas papas na língua e é uma daquelas que está sempre lutando para elevar nossa forma de arte. Kudos pra ela!
Carolena Nericcio
http://fcbdblog.blogspot.com/
Rachel Brice
http://rachelbrice.wordpress.com/
Asharah
http://bdpaladin.com/
Obs. Detestavelmente e por alguma razão desconhecida, não consigo inserir links nas minhas postagens. Pra visistar os blogs precisa copiar e colar o endereço no navegador. Desculpe por isso :P
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Olho Lindo
Este é um tutorial de maquiagem do youtube de um olho pretão perfeito pra tribal. É muito lindo! Eu tentei fazer em mim, não ficou igual mas ficou bonito também, vale a pena tentar! Eu gosto muito do canal dessa menina, ela é maquiadora profissional e tem um monte de dicas legais. O nome do canal é "Letz Makeup", só procurar no youtube que aparece os vídeos dela. E pra quem não tem esse fluidline da Mac que ela usa pra fazer a base da sombra, a Avon tem um produto parecido, um delineador em gel (ou creme, não tenho certeza) que vem num potinho. Deve funcionar também e é sem dúvida muito mais barato que o da Mac! Aproveitem!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Tribal na América Latina
Quem me enviou esse texto foi a Ana Harff, tribalesca brasileira morando em Buenos Aires. Bem bacana o texto dela sobre como andam as coisas tribais lá por aqueles lados! Continue mandando notícias:) E que o tribal domine o mundo!:D
"E nossas hermanas latinas?
Faz poucos meses que eu me mudei de Natal para viver em Buenos Aires. A idéia era partir para algum lugar que me desse mais oportunidades artísticas, mais chances de estar em contato não apenas com vários estilos de dança, mas também artes plásticas, música, moda e tudo que pudesse fazer minha imaginação ferver.
Decidi pela capital argentina principalmente pela questão faculdade, onde começarei a cursar este ano a graduação em Artes. Com certeza não teria condições financeiras de me mandar pra São Paulo, por exemplo, então decidi ir mais ao sul. Meu receio antes de ir era se eu iria conseguir continuar com o tribal, pois nunca tinha ouvido falar das tribalistas argentinas. Decidi ir assim mesmo, e, no caminho, quem sabe fazer aulas de DV com Saida e continuar com o tribal em casa, pois a maioria das coisas que aprendemos no tribal realmente descobrimos pela internet, seja conversando umas com as outras em comunidades ou fazendo downloads de vídeos.
E em uma dessas pesquisas pela internet acabei descobrindo não só as tribalistas que atuam em Buenos Aires e em algumas cidades do interior, como em muitos países da América Latina. E uma coisa que me impressionou foi que eu percebi que todas essas bailarinas de países como Peru, México, Argentina, Chile, etc., não apenas se conhecem e reconhecem o trabalho das outras, como prestigiam com sua presença. Ou seja, é como uma grande comunidade tribal, sem a barreira de estar em outros países. Sempre que há um grande festival de tribal em um dos países, por exemplo, as outras fazem caravanas pra irem. Soa como se elas estivessem apenas em estados diferentes, não em países diferentes.
Sinto muito isso aqui na Argentina, que não existe distancia entre eu e outras pessoas de quase todos os países latinos, você sempre esta em contato com um estrangeiro e é tão normal quanto ir ao supermercado. Isso parece acontecer só no Brasil, onde um latino de outro país é visto como estrangeiro mesmo. Já pararam pra pensar como sabemos muito pouco sobre outras bailarinas latinas? Entre eles, o México é o país que mais investe no tribal, tendo seu próprio Tribal Fest Mexico (o nome oficial é esse mesmo). E já contou com presenças como a Mardi Love, Rachel Brice, Ariellah e Kajira (do Blacksheep).
Enfim, essas são só algumas divagações que passaram pela minha cabeça nessas últimas semanas aqui. No Tribal y Fusion do ano passado, por exemplo, eu vi que tinha um pequeno grupo de argentinas no evento. Mas que passaram super despercebidas, eu mesma fui uma que não fiz muita questão de saber quem eram, como era o trabalho delas na Argentina, há quanto elas dançam e como é a receptividade do tribal por lá. Kilma Farias e Nanda Najla são as duas bailarinas que eu sei que estiveram presentes em workshops pela Argentina, mas ainda é pouca a presença brasileira em eventos latinos.
Dias atrás descobri um site da comunidade tribal latina
(http://www.danzatribal.cl/). Ou seja, um site divulgando o trabalho e o nome de quem faz tribal pela América, juntamente com os principais eventos. Minha sugestão é que vocês entrem e dêem uma remexida no site e nos nas meninas. Lá tem México, Chile, Argentina...mas, cadê as brasileiras? Acho que podemos desviar nossos olhos dos EUA por alguns momentos e tirar qualquer barreira que exista entre a gente e nossas “hermanas”. Ver mais, saber mais, falar mais. Afinal, tribal no fim se resume a isso, irmandade."
Ana Harff
Ex-integrante da Cia. Xamã Tribal - RN.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Sobre Tribal Fusion
Traduzi esse texto do blog da Rachel Brice: http://rachelbrice.wordpress.com/. Lá ela diz ter adaptado o texto da Wikipedia. Resolvi traduzí-lo porque adoro textos escritos ou que tenham o aval de quem realmente viu tudo acontecer. Claro que nem por isso devemos supor que sejam 100% imparciais, acredito que algumas vezes não são... Ainda assim, considero um material de estudo mais confiável do que aquele escrito por alguém que já pegou a carruagem andando, por assim dizer! E a Rachel também fala sobre seu estilo pessoal, e não tem ninguém melhor para falar sobre isso do que ela mesma! Espero que aproveitem!
"As raízes do tribal fusion estão no Estilo Tribal Americano, também conhecido como ATS, criado em São Francisco pela Carolena Nericcio e sua companhia de dança FatChance Bellydance. O ATS é baseado na improvisação em grupo por meio de sinais com as mãos e movimentos. Jill Parker, um dos membros originais do FCBD, pode ser considerada como a iniciadora do tribal fusion. Depois de deixar o FCBD, ela formou o Ultra Gypsy Dance Theatre em 1996. Sob a direção de Jill Parker, o UG expandiu o repertório de movimentos do ATS usando coreografia e incorporando elementos de burlesco, cabaret e anos 20. O grupo também desconstruiu progressivamente o traje clássico de ATS (choli, sutiã de moedas, turbante, cinto de pingentes, saia, pantalonas).
Outra pioneira no tribal fusion é Heather Stants, que formou o Urban Tribal Dance Company em San Diego em 1999. Inicialmente, eram fortemente influenciadas pelo hip hop e pelas danças de rua, embora seu estilo atual pegue emprestado muitos elementos da dança moderna. Elas também são conhecidas pelos trajes minimalistas, que contrastam com os de muitas outras artistas do tribal fusion. Seus trajes complementam de maneira eficaz suas linhas elegantes e estilo suave. Mardi Love foi um dos primeiros membros do grupo, e mais tarde se juntou ao Indigo se tornando uma de suas maiores influências coreográficas e estéticas.
O Tribal Fusion se popularizou amplamente por meio de Rachel Brice e seu grupo The Indigo (formado em 2003). Conquistaram renome internacional fazendo turnês com o Bellydance Superstars. Rachel Brice descreve sua dança como uma combinação das técnicas de Suhaila Salimpour e do FatChanceBellyDance, com uma grande dose de Mardi Love. Ela também popularizou o uso de movimentos similares ao “popping”, apesar de creditar Ariellah como a fonte. Os membros iniciais do The Indigo eram Rachel Brice, Mardi Love, Michelle Campbell, Sharon Kihara, Janice Solimeno e Ariellah Aflalo. Rachel e Sharon foram membros do Ultra Gypsy e apontam Jill Parker como uma grande inspiração. Atualmente, o The Indigo é composto por Rachel Brice, Mardi Love e Zoe Jakes, que fazem turnê com seu próprio show, “Le Serpent Rouge”, desde 2007."
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Pequeno souvenir carnavalesco
Assisti dois espetáculos do "Grupo Corpo", de Minas Gerais, aqui em Santos na Bienal SESC de dança e posso dizer sinceramente que mudou minha concepção sobre dança e coreografia. Basicamente AQUILO SIM é que é dança e coreografia! rsrs Piadas à parte, esse espetáculo "Breu" foi provavelmente a coisa mais legal que já vi ao vivo. Emocionante, surpreendente... Ele trata da violência e do caos nos grandes centros urbanos, com trilha sonora do Lenine feita especialmente pro grupo... Pensa... Aí vai um pequeno trechinho do youtube com pitadas de frevo carnavalesco pra dar o tom do feriado!
E um com mais qualidade:
E um com mais qualidade:
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A Dança
Dançar é um lembrete constante de que estamos vivos. Quando eu danço, quero sentir meu corpo inteiro dançando. A dança sai do centro pro resto do meu corpo inteiro, até as pontas dos dedos. Senão NÃO É. Tenho que me lembrar disso sempre. E sempre que estiver difícil de vir a tão falada inspiração. E eu sempre esqueço de como é a sensação. E quando eu lembro é o que parece certo, é o que eu sinto que é certo pra mim. Senão NÃO É.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Inspirações externas
Para as praticantes de tribal fusion é muito importante buscar inspirações que venham de fora do estilo. Acredito que isso seja bom para qualquer modalidade, mais ainda no fusion que é um estilo tão cheio de possibilidades. Isso evita que fiquemos todas iguais umas às outras, sempre buscando nas mesmas fontes, virando cloninhos de bailarinas famosas. Trazer a sua personalidade para a dança não é das tarefas mais fáceis para muitas pessoas, isso implica em colocar a cara à tapa, se expor de certa forma. Mas, se formos observar, as bailarinas bem-sucedidas são justamente aquelas que tiveram coragem de fazer isso. E quando falo em buscar inspiração, não me refiro a fazer uma fusão diferente ou inventar uma nova modalidade de tribal fusion (acho que já temos o suficiente!), mas simplesmente deixar que fontes diversas te proporcionem inspiração, seja ela estética, seja no feeling ou na música. Esses são alguns exemplos de coisas que me inspiram constantemente fora do estilo, quem sabe lhes dê algumas idéias de onde buscar suas próprias inspirações!
Música – Vocalistas femininas me inspiram extremamente (talvez pela tristeza de não ter sido abençoada com esse dom! rsrs)
The Gossip/Beth Ditto: gorda além de qualquer questionamento, gay, tira a roupa no palco, já posou nua e ainda virou ícone fashion com sua própria linha de roupas para mulheres acima do peso nesse mundo anoréxico. Canta de um jeito cru e cheio de energia. Quer mais atitude que isso?
Amy Winehouse: cachaceira, junkie, canta horrores, criou um visual único e inconfundível reproduzido no mundo inteiro, inclusive o fashion. Esse vídeo é antigo mas aqui ela estava em plena forma (e é uma das minhas músicas preferidas!)
Joss Stone: gravou seu primeiro cd cheio de soul music quando tinha uns 15, 16 anos enquanto as outras cantoras de sua época eram Britney e Cia. Está no quarto cd e sua voz é incrível e igualzinha no cd ou no palco. Também tem um estilo meio flower power que é só dela!
Esses foram só alguns pequenos exemplos, existem muitos outros lugares para se buscar inspiração como estéticas de filmes, videoclipes, estilos de dança diversos, histórias de livros, personagens, música... É só abrir bem os olhos e os ouvidos que ela está em todos os cantos!
Música – Vocalistas femininas me inspiram extremamente (talvez pela tristeza de não ter sido abençoada com esse dom! rsrs)
The Gossip/Beth Ditto: gorda além de qualquer questionamento, gay, tira a roupa no palco, já posou nua e ainda virou ícone fashion com sua própria linha de roupas para mulheres acima do peso nesse mundo anoréxico. Canta de um jeito cru e cheio de energia. Quer mais atitude que isso?
Amy Winehouse: cachaceira, junkie, canta horrores, criou um visual único e inconfundível reproduzido no mundo inteiro, inclusive o fashion. Esse vídeo é antigo mas aqui ela estava em plena forma (e é uma das minhas músicas preferidas!)
Joss Stone: gravou seu primeiro cd cheio de soul music quando tinha uns 15, 16 anos enquanto as outras cantoras de sua época eram Britney e Cia. Está no quarto cd e sua voz é incrível e igualzinha no cd ou no palco. Também tem um estilo meio flower power que é só dela!
Esses foram só alguns pequenos exemplos, existem muitos outros lugares para se buscar inspiração como estéticas de filmes, videoclipes, estilos de dança diversos, histórias de livros, personagens, música... É só abrir bem os olhos e os ouvidos que ela está em todos os cantos!
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Tribal é tribal, ATS é ATS!
Hoje em dia usamos o termo “tribal” para nomear uma série de manifestações diferentes, o que muitas vezes causa confusões na definição dos estilos. Chamamos de “tribal” o tribal fusion (em todas as suas vertentes), o ATS e o estilo tribal tradicional.
O tribal tradicional teve início com Jamila Salimpour e seu grupo Bal Anat, nos anos 60, e misturava diversos aspectos do folclore e danças do Oriente Médio em um só show, com uma grande dose de dança do ventre. Por utilizar trajes cheios de elementos tribais e ter um visual extremamente étnico, foi o primeiro estilo a ser denominado “tribal”.
Uma das alunas de Jamila, chamada Masha Archer, começou a dar aulas e a acrescentar coisas que lhe agradavam, tirando aspectos dos quais não gostava na dança que lhe foi ensinada. Masha montou sua companhia, chamada “San Francisco Classic Dance Troupe”, da qual passou a fazer parte uma de suas alunas, Carolena Nericcio. Carolena, depois de alguns anos na companhia, também começou a dar aulas e acrescentar suas próprias idéias ao estilo, criando o que conhecemos hoje por ATS (American Tribal Style) ou Estilo Tribal Americano. Do ATS nasceu o tribal fusion, que originou diversos sub-estilos.
Muitos dizem que o estilo tribal foi criado por Jamila Salimpour, e essa é uma afirmação correta. Mas, observando atentamente, percebe-se que a maior parte do tribal que vemos hoje não é influenciada por aquele estilo tradicional de Jamila, e sim pelo ATS. O Tribal Fusion não surgiu a partir do tribal tradicional e sim do ATS. Portanto, se o ‘estilo tribal’ de uma pessoa ou grupo não é o do Bal Anat e nem o do Hahbi’Ru*, afirmar que a criadora dele foi Jamila é ignorar etapas e deixar de dar crédito a quem merece. Por mais que Jamila seja uma figura importantíssima do tribal e tenha sido o início de todo o movimento, duvido muito que aquele estilo tradicional tivesse nos levado à variedade de “estilos tribais” que temos hoje em dia. Para chegar ao que temos, o tribal foi sujeito às alterações de mais duas pessoas (Masha e Carolena). Por isso, acredito sim que foi Dona Carolena a responsável por tudo isso, e merecedora de todo crédito possível.
*Por ter existido há bastante tempo atrás, é difícil encontrar registros em vídeo do Bal Anat. Mas nem tudo está perdido! O Habih’Ru é um grupo formado por um aluno da Jamila que manteve a maior parte do estilo original do Bal Anat. E eles estão na ativa até hoje com uma quantidade razoável de material que nos dá uma boa idéia do que foi o Bal Anat. Legal né? Aí vai um dos vídeos deles:
O tribal tradicional teve início com Jamila Salimpour e seu grupo Bal Anat, nos anos 60, e misturava diversos aspectos do folclore e danças do Oriente Médio em um só show, com uma grande dose de dança do ventre. Por utilizar trajes cheios de elementos tribais e ter um visual extremamente étnico, foi o primeiro estilo a ser denominado “tribal”.
Uma das alunas de Jamila, chamada Masha Archer, começou a dar aulas e a acrescentar coisas que lhe agradavam, tirando aspectos dos quais não gostava na dança que lhe foi ensinada. Masha montou sua companhia, chamada “San Francisco Classic Dance Troupe”, da qual passou a fazer parte uma de suas alunas, Carolena Nericcio. Carolena, depois de alguns anos na companhia, também começou a dar aulas e acrescentar suas próprias idéias ao estilo, criando o que conhecemos hoje por ATS (American Tribal Style) ou Estilo Tribal Americano. Do ATS nasceu o tribal fusion, que originou diversos sub-estilos.
Muitos dizem que o estilo tribal foi criado por Jamila Salimpour, e essa é uma afirmação correta. Mas, observando atentamente, percebe-se que a maior parte do tribal que vemos hoje não é influenciada por aquele estilo tradicional de Jamila, e sim pelo ATS. O Tribal Fusion não surgiu a partir do tribal tradicional e sim do ATS. Portanto, se o ‘estilo tribal’ de uma pessoa ou grupo não é o do Bal Anat e nem o do Hahbi’Ru*, afirmar que a criadora dele foi Jamila é ignorar etapas e deixar de dar crédito a quem merece. Por mais que Jamila seja uma figura importantíssima do tribal e tenha sido o início de todo o movimento, duvido muito que aquele estilo tradicional tivesse nos levado à variedade de “estilos tribais” que temos hoje em dia. Para chegar ao que temos, o tribal foi sujeito às alterações de mais duas pessoas (Masha e Carolena). Por isso, acredito sim que foi Dona Carolena a responsável por tudo isso, e merecedora de todo crédito possível.
*Por ter existido há bastante tempo atrás, é difícil encontrar registros em vídeo do Bal Anat. Mas nem tudo está perdido! O Habih’Ru é um grupo formado por um aluno da Jamila que manteve a maior parte do estilo original do Bal Anat. E eles estão na ativa até hoje com uma quantidade razoável de material que nos dá uma boa idéia do que foi o Bal Anat. Legal né? Aí vai um dos vídeos deles:
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Novidades do Tribal Fest 2010
Todo ano o Tribal Fest serve como "apontador de tendências" para o tribal. Por ser o maior festival do gênero, muitas coisas se reúnem em um lugar só, permitindo que a gente tenha uma visão global do que acontece na cena. Esse ano, teve duas coisas que me chamaram mais atenção xeretando no site.
Esses textos que traduzi e coloco a seguir estão na descrição de aulas do primeiro dia, pra quem quiser dar uma olhada: http://www.blacksheepbellydance.com/tf10/wed.html
A primeira é uma aula que será dada pela Rachel Brice intitulada "Misturando Tribal com Cabaret*: Combinações e Treinos". Notem que esse 'cabaret' não é o estilo ao qual nos referimos quando falamos em cabaret por aqui. Cabaret pra eles é o estilo de dança do ventre tradicional ou, como dizemos por aqui, clássica.
Aí vai a descrição da aula:
Neste workshop aprenderemos combinações de Cabaret que possuem estética predominantemente tribal. Faremos o aquecimento e o relaxamento com sequências de Viniyoga e iniciaremos a parte de dança com treinos energéticos.
E o que eu achei mais interessante, uma nota da Kajira sinalizada pelo asterisco ao lado de 'cabaret':
*Nota da Kajira: a fusão desses dois estilos originais foi a primeira variação completamente diferente que surgiu depois do ATS. Era chamado de “Tribaret” em menção à combinação de estilos. Depois, essa denominação virou “Tribal Fusion”. Eu considero isso como um “estilo raiz” e esse é o motivo pelo qual estou permitindo uma aula de “cabaret” no Tribal Fest. Como professora, aluna e historiadora de todos os aspectos do tribal, eu acredito que essa exceção à nossa regra de “sem cabaret” é válida.
O Tribal Fest é conhecido por ter uma política bem clara de "no cabaret", ou seja, se você faz dança do ventre tradicional com música árabe e traje tradicional, não passe nem perto do palco! Na programação dos workshops também não entra nada de dança do ventre tradicional. Por isso achei interessante tanto o tema do work quanto a subsequente nota da diretora. Isso nos leva à uma talvez reveladora realidade: o tribal fusion é sim dança do ventre! É uma mistura de ATS com dança do ventre tradicional, está aí, dito pela Kajira! Os breaks, poppings e modernos da vida surgiram como consequência disso. Não é a toa que enxergamos cada vez menos tribal no fusion, e agora percebo que não adianta lutar contra, estava escrito nas estrelas! Enfim, imagino se é algo nesse estilo que será ensinado:
A outra coisa que me chamou atenção foi a descrição do workshop/intensivo da Sharon Kihara:
Kokoro no Butoh
Kokoro é a palavra em japonês para coração (ou centro), e Butoh é a palavra formal em japonês para dança. Essencialmente, exploraremos essa forma de fusão japonesa.
O primeiro dia será uma combinação de treinos, equilíbrio, força lenta e “dança do rosto”, bem como menções às técnicas de Tatsumi Hijikata, o criador da forma de arte conhecida hoje como Butoh. A abordagem de Hijikata envolve pegar conceitos e internalizá-los por meio da visualização, integrando-os ao sistema nervoso. Assim, é possível transmitir emoções complexas e tabus por meio da expressão física e da energia pura e crua. Essa aula desafiará o aluno a se sujeitar a remover sua própria pele metaforicamente para acessar níveis mais profundos de coragem e comunicação por meio da dança. Exercícios em grupo e individuais serão dados para criar uma base profunda e pessoal ou história na qual trabalhar.
Esse intensivo de 8 horas é baseado nos meus estudos de Butoh em Berlim e em como transformaram meu conceito pessoal de dança e performance de maneira surpreendente. Têm sido liberador, terapêutico e me inspirou a olhar nos lugares onde tenho medo – geralmente onde estão as sementes para as melhores criações.
Quem assistiu a apresentação dela no Tribal y Fusion do ano passado talvez consiga ter uma idéia do que ela está falando...De onde surgiu aquela segunda entrada avassaladora (na minha modesta opinião)? Aí está a resposta! Como não temos vídeo daquela apresentação, aí vai um vídeo do youtube de até onde pude compreender, um dos maiores grupos de Butoh do Japão:
No youtube tem outros vídeos bem mais legais desse grupo, mas que não permitem incorporação. É só digitar Butoh que vai aparecer um monte de coisas interessantes (e ligeiramente bizarras para nossos padrões!).
Engraçado observar os caminhos que o estilo vai tomando!
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