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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

The Lady Fred pt. 2

Bom, como faz um tempinho que não publico nada, vou retomar o assunto do último post: a bailarina Frédérique, ou The Lady Fred. Dessa vez, com novidades! :D Frédérique estará no Brasil ano que vem, no festival Campo das Tribos, organizado pela Rebeca Piñeiro. É no primeiro fim de semana de maio (05 e 06) e as inscrições já podem ser feitas pelo email: campodastribos@gmail.com. Corra pois as vagas são limitadíssimas! Pra ir fazendo o aquecimento, a tradução da biografia dela que acabei de terminar, a versão original vocês encontram no site:

Frédérique (Lady Fred) é uma bailarina internacional de dança do ventre avant-garde teatral. É artista, performer, instrutora, pioneira e criadora do “Silent Sirens Theatre” e do “Black Heart Ballads”.

Fred nasceu em Beirute, no Líbano, e possui descendência síria, armênia, francesa e italiana. Começou a estudar o Estilo Tribal Americano (ATS) em fevereiro de 1997 com Amy “Luna” e pouco tempo depois com a diretora Jill Parker, com quem ficou até dezembro de 1999 quando saiu em busca de criar algo novo.

Com nada a perder, Fred estabeleceu-se por sua originalidade ao integrar o estilo de vida underground urbano  à dança do ventre tribal.  Após uma jornada de mais de uma década de experiência e autoconhecimento, Fred surpreendentemente nunca mais treinou com outros professores. Fora o treinamento em ATS que recebeu de Luna e Jill, seus movimentos e estilo de dança são desenvolvidos por ela mesma e extremamente pessoais e autênticos. No entanto, é à sua base em ATS que credita sua excelente capacidade de improviso. Fred é reconhecida por seu estilo teatral avant-garde e  responsável pela introdução de novos estilos musicais no tribal (dnb / dubstep / música clássica / trilhas sonoras), começando em 2000. Com sua habilidade em edição de som, continua ampliando os limites em suas mixagens para o palco e elevando os padrões de performance da dança do ventre tribal.  Fred também foi uma das pioneiras a utilizar influências vintage  e acessórios antigos como complementos do vestuário tribal, tendência que veio a tornar-se "coringa" nos trajes de tribal fusion atuais.

As performances de Fred são baseadas em narrações teatrais por vinhetas e causam profundo interesse no público, bem como motivam suas companheiras de trabalho. Sua didática voltada para os detalhes enfatiza a técnica dos movimentos enquanto explica o "porquê" por trás do que ensina, promovendo a individualidade do aluno e definindo suas paixões por meio do movimento. Esse método lhe rendeu oportunidades de ensinar em seu país e internacionalmente, inspirando a geração atual e futura de dançarinas a explorar suas habilidades artísticas e expressarem-se pelo movimento.
Essa inovação vem de seu forte impulso criativo, o que a permitiu realizar e satisfazer completamente sua visão artística. 


Além disso, uma entrevista em vídeo com 17 minutos em que dá pra ter uma idéia da pessoa incrível que ela é: http://theladyfred.wordpress.com/true-colors-tv-interview/ (desculpem, apenas em inglês! :P)


Enjoy!

terça-feira, 12 de julho de 2011

The Lady Fred

Estou para postar essa tradução há décadas, e finalmente terminei! Entrevista feita com a bailarina Frédérique sobre a relação (ou falta de! rs) do estilo dela com o burlesco, achei muito legal e esclarecedora por isso quis compartilhar. A original está no site dela pra quem quiser visitar tem muito mais coisas lá também. Seguido da entrevista o vídeo mais recente dela no Tribal Massive, do qual sou suspeita para falar já que sou super fã dela. A expressividade e sutileza de movimento dela me interessam extremamente! Espero que gostem!

Entrevista da "Russian Magazine" 
Por: Nadia Gativa
Qual a diferença do seu estilo para o burlesco e porque as pessoas os confundem?

Para ser sincera, eu não faço idéia do motivo da confusão! Eu acho curioso as pessoas se referirem ao meu estilo como burlesco, meu estilo não é nem um pouco sugestivo. Talvez minha presença teatral no palco seja o motivo da associação, pois o burlesco também é muito teatral, mais ainda que minhas performaces. Outra razão poderia ser que eu me apresento com frequência em eventos de burlesco (?) Talvez as pessoas se confundam e acreditam que eu estou dançando burlesco no evento em vez de saberem que represento um outro estilo, uma variedade do show, com a dança do ventre. Esses são meus palpites... Uma vez fui entrevistada para um artigo na Oakland Magazine e a escritora colocou no título principal que eu era uma bellydancer voluptuosa e sensual com toques gótico e burlesco (ou algo do gênero); reparem que essas palavras não foram de modo algum as que eu utilizei para descrever a mim ou ao meu estilo mas, por alguma razão, continuo encontrando pessoas que supõem isso do meu estilo; talvez seja também por causa dos meus trajes (?) Não só eu nunca fiz aulas de burlesco ou tentei apresentá-lo como também nunca quis retratar nenhum interesse nele em minhas performances, simplesmente não faz parte de mim em relação ao que eu levo para o palco. Não confunda o que eu disse com não gostar de burlesco, eu gosto bastante, apenas não faço!

Você acredita que é possível fazer uma boa fusão de tribal e burlesco, mesmo com o burlesco sendo tão sugestivo às vezes?
Com certeza acredito. Eu não acredito na “caixa” em que algumas pessoas gostam de colocar outras, especialmente quando se trata de arte e expressão. Está tudo nos olhos de quem vê, alguns podem gostar, outros não. É assim que o mundo funciona. Eu acredito que se você tem uma visão, não deve haver nada no caminho que lhe impeça de expressá-la… É uma chance que você aproveita na vida e um arrependimento, creio eu, se você não aproveita. Tudo é possível quando se trata de Arte. 

Qual motivo de tanto interesse em relação a tudo que é retrô, como vaudeville, burlesco e cabaret?
O vaudeville vintage, os movimentos burlesco e/ou cabaret estão relacionados à moda e ao estilo hoje em dia. A comunidade do Tribal Fusion gira em torno dos estilos de vanguarda, já que esse foi o ímpeto para seu surgimento; é jovem em espírito, e com um espírito jovem vem uma mente jovem que gravita em direção às coisas estilosas e modernas.  Fazendo um parelelo entre a história e a evolução dessas tendências do final de 1800 com o movimento Tribal Fusion atual, ambos combinam muito bem.
Por exemplo:
·      Essas performances eram todas realizadas por mulheres a princípio.
·      Dança do ventre, burlesco e vaudeville eram segmentados como shows de variedades e considerados como entretenimento de segunda classe para a sociedade (infelizmente).
·      Performers populares no palco do vaudeville faziam suas interpretações de “dança do ventre”. Esse tipo de performance não era incomum e aponta para raízes de vaudeville nas primeiras formas do burlesco.
·      Uma dançarina do ventre, embora flerte com o sugestivo, está longe de violar qualquer padrão aceito de decência no palco do vaudeville.
Esses são apenas alguns dos motivos fortes pelos quais esses movimentos encontram tanto terreno fértil especialmente na comunidade do Tribal Fusion.