Passei um bom tempo pensando sobre o que escrever essa semana nesse cérebro pós-carnaval apocalíptico, e passaram várias idéias pela minha cabeça, algumas antigas, outras novas...
Aí me ocorreu uma coisa durante um flow de fusion que estava dando durante a aula... Justamente o quanto a gente se sai melhor em algumas coisas quando não pensamos demais! Pensar é fundamental, sem dúvida quanto a isso! rs
Mas o overthinking pode realmente nos atrapalhar em vários momentos da nossa vida que exigem ação em vez de pensamento. O flow é uma dessas ocasiões. Não seria o flow a síntese do "deixar rolar", vir o que tiver de vir? Às vezes quando estamos tentando dançar uma música pra treinar uma (ou várias) técnicas, se ficamos muito fixadas no que a música faz, em quando vai mudar, não conseguimos deixar fluir o treino, não entramos no nosso corpo e não deixamos o movimento fluir...
É claro que num cenário ideal, numa preparação para performance, a música vai guiar cada um dos nossos movimentos. Mas tem que ter essa hora de errar. Tem que ter o deixar o corpo fluir. Tem que ter o aprender a consertar um erro com o próximo movimento, sem deixar a bola cair. Essa é um habilidade fundamental de qualquer um que precisa subir num palco pra fazer qualquer coisa. E tantas vezes, não treinamos essa habilidade justamente por medo de cometer erros. Acontece que pra improvisar temos que nos abrir pra possibilidade de errar! Se for pra fazer apenas o previsto, melhor ir de coreografia né? Tem uma frase do Miles Davis sobre o improviso que eu gosto muito, que diz algo mais ou menos como "você acerta uma nota errada com a próxima que você faz", ou algo assim. É exatamente como me sinto ao abrir essa possibilidade para o erro no improviso livre: sim, tem coisas que saem erradas. Mas como você lida com o erro é mais importante do que o erro em si, é aí que a gente cresce.
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