Pra ser bem sincera, no cenário político e mundial atual, na dança e fora dela, frequentemente existem momentos de desmotivação da minha parte. E acho que, em boa parte das vezes, o que eu faço é não forçar.
Nesse trabalho existem coisas que são necessárias, que você tem que fazer: manter atividade nas mídias sociais, responder mensagens, enviar informações, dar aulas, montar aulas, tudo isso é o básico necessário. Não sinto que preciso estar ultra motivada 100% do tempo para realizar o meu trabalho, pois isso não é realista em nenhum trabalho, seja ele qual for.
Mas às vezes, para manter um nível de produtividade e animação mínimos, eu preciso sacudir um pouco a poeira. Fazer uma boa aula, seja de yoga ou de dança, antes de fazer o que preciso costuma fazer muito pela minha motivação, falando de um jeito prático mesmo! Precisa gravar um vídeo ou montar uma aula e está sem inspiração? Faz uma aula que a energia flui e você não termina a mesma do que quando começou, garantido.
Um outro caso que acontece muito por aqui é quando preciso criar algo, seja uma performance, uma sequência nova, e me perco em meio a um turbilhão de idéias e acabo não decidindo nada. Isso acaba me desmotivando e me coloco numa procrastinação infinita e nunca realizando o que preciso, o que me deixa muito desmotivada no final. Então muitas vezes o que preciso fazer é apenas escolher algo e fazer. Sem pensar muito, sem problematizar, apenas fazer. Quando ficamos enchendo a cabeça com a idéia de que temos que fazer algo que seja perfeito, a gente acaba não fazendo nada. E não há nada mais desmotivador do que ter um monte de idéias e não fazer nada. Então abaixar um pouquinho o perfeccionismo ajuda muita às vezes.
Agora falando de uma forma mais ampla na dança, se estamos passando por um momento de desânimo por algum motivo, sempre me ajuda retornar aos materiais que me fizeram chegar até aqui. O que eu assistia no começo que me fazia sentir que aquilo era especial, as fotos, os vídeos, os figurinos, os sons, entrar em contato e refinar cada vez mais a minha percepção do porque eu escolhi a dança, o que fez eu me apaixonar e me firmar nisso, tentando fazer o meu trabalho de uma forma que honre essa Mariana do passado que era totalmente obcecada por isso. Nem sempre buscar inspiração no novo vai te deixar motivada, às vezes é bem o contrário!
Pra finalizar, às vezes se o desânimo tá brabo mesmo o melhor é dar tempo ao tempo, se afastar um pouco na medida do possível e não forçar a paixão novamente, deixa ver se ela volta! A distância também ajuda a ver as coisas de uma outra forma e frequentemente é isso que a gente precisa pra voltar a ver algo com um novo olhar, fresco de novo. É isso! Espero que alguma dessas idéias faça sentido pra vocês e possa ajudar de alguma forma! Até a próxima semana! ;)
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